domingo, 22 de novembro de 2009

Memória 1: Minha vó Celina


Minha avó Celina
(experiências vividas de 1976 a 1982)

Primeiro encontro
(exumação dos seus restos mortais)

Depois de 43anos o túmulo da minha avó foi aberto
Para receber meu tio Georges, irmão de mamãe.
Que experiência sofrida,
Eu, de pé, junto ao túmulo, atenta, muda,
Escutava a voz dos homens cavando com as pás:
“É preciso olhar, observar, estamos recolhendo o que restou”
Meus olhos viam apenas um traço gravado na terra úmida,
uma marca, um selo, o último sinal de sua passagem
E que ia desaparecer.
Fiquei chocada, triste, chorei,
O tempo daquela terra no túmulo
Tinha exatamente a minha idade.
Fazia 43anos da morte da minha avó.
Minha avó que não conheci.

Nesse momento senti uma necessidade de procurar com minha mãe
Outros sinais de sua presença.


Segundo encontro ( pequenas fotos antigas ) Vovó Celina e Mamãe na casa da rua S.Clemente

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